sábado, maio 07, 2011

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O Jogo

Proibido falhar no reencontro (BRUNO CABRAL )

Pela experiência granjeada ao longo de 12 épocas nas ligas profissionais, Zé Manel sabe como ninguém o que é preciso ao Trofense para se segurar nos dois lugares que viabilizam a subida. O extremo é, por isso, pragmático na antevisão das quatro últimas e decisivas jornadas.



"Estamos num ciclo em que não se pode desperdiçar pontos. Perdemos um jogo em Freamunde, mas o objectivo continua vivo. Os adversários também perderam pontos, e isso foi bom para nós. Agora, temos quatro finais pela frente e o mínimo descuido ou um jogo menos conseguido pode deitar abaixo tudo o que vimos a construir desde o início da época", alerta, mostrando-se, porém, confiante na concretização do objectivo. "Se mantivermos o nosso nível habitual, vamos resolver a questão antes de visita aos Açores", refere, com a esperança de não precisar da última jornada, no tradicionalmente difícil reduto do Santa Clara, para garantir a ascensão ao escalão principal. "O que importa mesmo é a subida, se for o mais rápido possível tanto melhor. Independentemente disso, espero uma viagem com muita alegria aos Açores", deseja. O caminho vai-se fazendo e na rota segue-se o Leixões, o clube pelo qual Zé Manel jogou nas duas últimas épocas. Na primeira volta, assinou o golo do triunfo do Trofense no Estádio do Mar (2-1) e foi aplaudido pelos adeptos leixonenses, pelos quais diz guardar "um carinho especial". Mas agora tem que "dar tudo pela instituição" que representa. "O Leixões é um clube que me diz muito, pois passei lá dois anos, um muito bom e outro nem tanto. Vou reencontrar muitos colegas com quem joguei lá e, por isso, é sempre uma partida especial. É um jogo muito importante, vamos sentir dificuldades, mas temos que conquistar os três pontos", projecta o camisola 14.


"Se me sentisse a mais, saía"
"Eterno Zé Manel", ouvia-se na rádio na tarde desportiva de 6 de Março, dia em que assinou o golo da vitória sobre o Penafiel (1-0). A idade parece não passar pelo extremo conhecido pela velocidade, autor de cinco golos na Liga Orangina em 20 aparições. "Gostar daquilo que faço é o segredo. Enquanto me sentir bem em termos físicos e psicológicos, vou continuar. Se não for aqui, será noutro lado, nem que seja numa divisão inferior. Quando disser chega, será para o resto da vida; não será para voltar passado meio ano. Se visse que estava a mais, era o primeiro a colocar-me de lado e dar início a um novo ciclo na minha vida", reconhece.

2000
O ano em que Zé Manel subiu à I Liga com a camisola do Paços de Ferreira. "Alegria inesquecível. Espero viver isso daqui a um mês e ver estas ruas cheias", anseia.

Factos curiosos

Cinco golos
Zé Manel é o segundo melhor marcador do Trofense no campeonato, com cinco golos, menos dois do que o brasileiro Nildo. Belenenses, Leixões, Covilhã, Moreirense e Penafiel foram as vítimas do avançado.

Vinte jogos
Em 26 jornadas de Liga Orangina, Zé Manel participou em 20, 15 das quais na qualidade de titular. Assim sendo, é o décimo jogador mais utilizado por Porfírio Amorim na Liga Orangina, totalizando 1252 minutos.

Duas épocas
Esta é a segunda temporada de Zé Manel na Liga de Honra, depois da experiência com o Paços de Ferreira em 1999/2000. Neste intervalo, actuou dez épocas seguidas na I Liga: quatro no Paços, três no Boavista, uma no Braga e duas no Leixões.

Sessenta remates certeiros
Embora não sendo ponta-de-lança e não tendo como missão específica marcar golos, Zé Manel sempre foi um extremo com pontaria afinada e, por isso, só lhe falta um golo para atingir a marca dos 60 nas ligas profissionais.

Quatro na época passada
Na opinião de Zé Manel, o Trofense faz parte do lote das quatro melhores equipas da Liga Orangina. "O Feirense joga muito bem, o Gil Vicente tem uma boa equipa, tal como o Estoril, mas está aquém das expectativas", diz.

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