Um, dois, três, uma colher de cada vez...conhecem a canção?
Quem tem filhos por certo sabe-a de cor, quem tem visto o Trofense nos últimos jogos tem-se recordado dela.
No Sábado fiquei triste, muito triste, como há muito não ficava, confesso que não contava com aquele resultado, tinha uma secreta esperança, que íamos começar a reviravolta, seria o primeiro dia do nosso futuro, da nossa luta pelo objectivo principal desta época, a subida.
Mas não foi isso que se passou, foi mais um pesadelo, não lutamos para mais, (excepção feita a Tiago, a quem quero agradecer em nome pessoal, por vestir da forma que veste a nossa camisola) voltamos a não querer e isso magoa quem ama o clube.
Mas eu não desisto, nunca desisti e não o farei agora, apesar dos resultados, mantenho tudo aquilo que disse anteriormente, sem tirar uma virgula que seja e continuo a acreditar no profissionalismo, na seriedade e na dedicação de quem está à frente do clube.
Fala-se que a equipa está mal, eu fui ver as equipas que alinharam na pré-época e penso que em situações normais, a equipa base do Vítor Oliveira seria mais ou menos esta:
Riça, Bruno Sousa, Varela, Pedro Ribeiro, Ginho, Tiago, Paulinho, Filipe Gonçalves, Williams, Moustapha e Hermes.
Dessa equipa base, neste momento temos 6 lesionados (mais de metade) com a agravante do sector defensivo, ser o mais debilitado, se acrescentarmos o castigo do Nuno Mendes, vamos partir para a preparação do próximo jogo com 3 defesas...é obra. Só espero que a D.Sorte seja mais forte que o Sr. Azar esta semana e não se lesione mais ninguém, porque se conseguirmos empatar na Covilhã, já vai ser muito positivo.
Mas podemos ver as coisas por outro angulo, a liga Vitalis é tão competitiva, que apesar dos nossos “desaires” estamos a 6 pontos da liderança, se tivessemos tido arbitragens mais justas estariamos provavelmente a 3, por isso nada está perdido.
Fala-se também que os jogadores não se esforçam, porque já têm o ordenado garantido. É certo isso, sendo eles profissionais têm que ter pagos pelo seu trabalho, mas muitos não sabem que para quem assinou este ano, o vencimento não é “milionário” e que se querem amealhar mais algum têm que ganhar os jogos, para receberem o prémio pela vitória, acham que eles não são os primeiros a querer?
Nós como treinadores de bancada, tinhamos sempre uma melhor opção que o Vitor Oliveira, até pode ser verdade, se entrasse o jogador A, podia render mais que B e dar-nos razão, eu se fosse treinadora também já tinha optado por soluções diferentes das dele, mas nunca subi 5 equipas ao escalão principal, por isso quem o fez, deve perceber muito mais do que eu, (correcção) que nós, ou não?
Há uma máxima que diz “ Os grandes forjam-se na adversidade”, é verdade também, que o sucesso é construido para uns com mais dificuldade do que para outros, qualquer um de nós já o sentiu na sua vida, os tempos têm sido dificeis para o Trofense, mas melhores dias virão e isto não é uma lição de moral como já li por aí, é o que sente e o que pensa uma Trofense, (que não o é mais, nem menos que ninguém), outros pensarão de maneira diferente e estão no seu direito, eu penso sempre positivo, fui sempre assim e espero continuar a ser, é nas derrotas que o nosso clube mais precisa de nós, porque se as coisas corressem bem, não faltariam “Trofenses até morrer” .
Força Trofense, como diz o provérbio, não há mal que bem não traga...