Silvestre Varela marcou a três minutos do fim e quatro após entrar em campo e deu a vitória a Portugal frente à Dinamarca, por 3-2, na segunda jornada do Grupo B do UEFA EURO 2012.
Dois golos de Niklas Bednter anularam a vantagem de Portugal - derrotado pela Alemanha na ronda inicial -, conseguida com os tentos de Pepe e de Hélder Postiga, mas o extremo saltou do banco para oferecer o triunfo à equipa de Paulo Bento, importante para manter intactas as esperanças de rumar aos quartos-de-final da prova, igualando os dinamarqueses nos três pontos depois de estes terem ganho à Holanda.
Com ambas as equipas sem alterações relativamente aos encontros de abertura, a Dinamarca entrou melhor na Arena Lviv e beneficiou de três cantos nos minutos iniciais e de um perigoso remate de Christian Eriksen interceptado por Pepe. A resposta lusitana aconteceu quando Miguel Veloso obrigou Stephan Andersen a defender com os punhos um remate violento de fora da área. Ao quarto-de-hora, Morten Olsen foi obrigado a efectuar uma substituição no meio-campo por lesão de Niki Zimling e fez entrar Jakob Poulsen.
Os dinamarqueses acusaram a troca e Portugal começou a dominar as operações. Cristiano Ronaldo rematou mal e ao lado na sequência de tentativa de Raul Meireles que desviou num adversário, aos 18 minutos, antes de o capitão da selecção portuguesa errar o alvo na marcação de um livre junto à linha lateral do lado esquerdo. E o domínio dos lusitanos ficou confirmado quando Pepe inaugurou o marcador. João Moutinho bateu o canto e o defesa-central surgiu que nem uma seta a desviar a bola de cabeça ao primeiro poste.
Ronaldo ameaçou novamente de livre aos 34 minutos, desta feita em zona frontal, num pontapé que ainda bateu na barreira e passou a rasar a baliza de Andersen, mas, logo a seguir, Nani arrancou um cruzamento rasteiro perfeito. Postiga foi ao encontro da bola, antecipando-se a Simon Kjær, e desferiu um pontapé ao ângulo direito sem hipóteses para o guarda-redes dinamarquês.
Em desvantagem por dois golos, a Dinamarca chegou-se mais à frente. E, após Eriksen ter testado a atenção de Rui Patrício, reduziu por intermédio do inevitável Bendtner. João Pereira não conseguiu interceptar o esférico e Michael Krohn-Dehli assistiu de cabeça o seu colega de ataque, que só teve de empurrar, também de cabeça e perto da linha de golo, para o fundo da baliza.
Como lhes competia, os nórdicos tentaram tomar a iniciativa depois do intervalo, mas foi Portugal a estar novamente perto de aumentar a vantagem, cinco minutos após o reatamento. A simulação de Postiga abriu caminho à corrida de Ronaldo, mas o extremo, isolado perante Andersen, tentou colocar a bola rasteira perto do poste e o dinamarquês adivinhou-lhe as intenções.
Nova contrariedade física na equipa ao quarto-de-hora da segunda parte fez Olsen trocar Dennis Rommedahl por Tobias Mikkelsen. Logo a seguir, William Kvist rematou com perigo de longe a rasar o poste e voltou a criar perigo quando Bendtner ganhou espaço e rematou cruzado ao lado. Paulo Bento apostou na maior compleição física de Nélson Oliveira e fê-lo entrar para o lugar de Postiga a meio da etapa complementar.
Ronaldo podia ter arrumado com a questão a 12 minutos do fim, quando surgiu novamente isolado perante Andersen, mas voltou a errar o alvo à saída do guardião. E o castigo pelo desperdício veio logo a seguir. Jakobsen cruzou largo da direita e Bendtner não perdoou de cabeça. O camisola 7 de Portugal voltou a perder o duelo com Andersen num livre, mas Bento apostou em Varela e o dianteiro aproveitou um ressalto para facturar na área.
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