A Rota para a Glória | «Não envergonhámos ninguém» - Beto

Após a goleada por 4x0 sobre a Alemanha, Beto assumiu que a seleção nacional está «focada» em derrotar os Estados Unidos da América, no domingo, em jogo da segunda jornada do Grupo G do Mundial. O guarda-redes entende que os portugueses têm uma «grande equipa».

«É um momento complicado mas o grupo sabe que depende só de si para a qualificação. Portugal não deixou de ser uma grande equipa. Podíamos ter feito algo, mas em situações pontuais não nos foi permitido. Somos uma grande equipa e é com isso que vamos enfrentar os Estados Unidos», afirmou Beto, guarda-redes da seleção, que falou depois sobre as condições climatéricas (calor e muita humidade) que esperam a equipa em Manaus.

«A preparação está a ser feita de uma forma normal. É difícil? Sim, mas é para todas as seleções. Estas são as condições que o Brasil proporciona. As dificuldades são iguais para todos. Quando o Real Madrid ou o Barcelona jogam em Sevilha, onde há muito calor, não vão uma semana estagiar para lá [Sevilha]», disse.

Com Rui Patrício lesionado, Beto e Eduardo concorrem por uma vaga na baliza da seleção.

«Por infelicidade do Rui [Patrício] está aberta uma vaga na seleção que será o mister a decidir. O meu papel não é decidir. O meu trabalho é trabalhar bem para ser opção para o mister Paulo Bento mas o Eduardo também pensa assim. Reforço o esforço que o Rui fez durante 20, 25 minutos depois de sentir a dor na perna. Quis continuar e há que valorizar isso.»
Aos jornalistas, Beto passou ainda a mensagem que os jogadores «dão tudo até à última gota de suor pelo escudo de Portugal».

«Sempre houve uma vontade de dignificar o escudo que temos ao peito. Entendo o sentimento das pessoas, que criam expectativas e quando as coisas não correm bem ficam tristes. Não vejo nada de positivo em descarregar a fúria nos jogadores mas consigo entender as pessoas», observou Beto sobre o descontentamento dos portugueses com a exibição da equipa das quinas no pós jogo com a Alemanha.

«Envergonhar é um termo demasiado forte, não envergonhámos ninguém. Simplesmente, nem tudo o que fizemos, conseguimos fazer bem. Nunca podem apontar isso aos jogadores. Umas vezes não conseguimos fazer bem porque não saiu bem, outras porque fomos condicionados. E houve condicionalismo em momentos importantes do jogo, houve quem nos deixasse crescer e jogar. É uma derrota que deixa marcas, é uma derrota pesada. Não foi a nossa melhor prestação, não foi o melhor jogo da Seleção, não estamos orgulhosos do que fizemos mas quisemos fazer bem. Por vários fatores, as coisas não correram como queríamos. Falta caminho, temos dois jogos para reverter a situação nosso favor.»

A seleção nacional defronta os Estados Unidos, no domingo, em partida do Grupo G do Campeonato do Mundo.

Fonte: ZeroZero