Jornal O Jogo - Permanência foi milagre
JOSÈ PINTO LOPES/ANA DUARTE
A alteração técnica no Trofense é uma realidade, mas João Eusébio sai de cabeça erguida, com o sentimento do dever cumprido. Plantel e equipa técnica juntaram-se num jantar de despedida e aproveitaram para dar continuidade aos festejos da manutenção. "Os jogadores fizeram tudo, eu fui a peça menos importante", disse João Eusébio, afirmação que pode ser contrariada por uma análise simples à evolução da equipa na tabela classificativa. Com dez jogos realizados e apenas oito pontos conquistados, António Sousa deixou o comando técnico de uma equipa desmotivada e vergada ao peso da lanterna vermelha. Com a chegada de João Eusébio, o Trofense conquistou nove vitórias e três empates, resultados suficientes para garantir a permanência antes da derradeira jornada, na qual a vitória frente ao candidato Aves permitiu a subida ao oitavo lugar da classificação. O relacionamento com a Direção foi considerado "excelente" pelo técnico, apesar de oficialmente ninguém lhe ter dito que não seria uma opção para a próxima época. "No futebol, somos intuitivos e inteligentes. Neste momento, o Trofense atravessa dificuldades e tem uma nova estratégia", disse, referindo-se à entrada de investidores no clube. "Tudo o que consegui na vida, tive de o conquistar e só quero alertar a família trofense de que ninguém dá nada a ninguém", prosseguiu. Ainda assim, o técnico não guarda ressentimentos, pois considera que o seu objetivo foi alcançado: "A minha missão era ajudar o Trofense e agradeço a ajuda dos jogadores e do presidente."
Sem comentários:
Enviar um comentário