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Jornal O Jogo - Dívidas travaram parceria com o FC Porto

JOSÈ PINTO LOPES

Afinal, tudo o que começa mal pode-se endireitar e o Trofense é um exemplo disso mesmo. Com o decorrer da época, poucos seriam os que acreditavam que a permanência fosse possível e até o presidente José Leitão teve dúvidas. "Sinceramente, quando estávamos em último lugar com oito pontos pensei que estávamos condenados", disse. Mas, a chicotada psicológica produziu os efeitos desejados. "António Sousa fez o que pode, mas João Eusébio surpreendeu-me, como treinador e como pessoa", referiu.

Numa altura em que estão por pagar três meses de ordenados ao plantel, o presidente assume que a parceria a estabelecer com a empresa LS Soccer, liderada por Lucas Santos, será a "salvação" de um clube que estava em risco de "fechar as portas". "Esta empresa vai assumir a gestão desportiva do clube, responsabilizando-se pelo pagamento das dívidas antigas", afirmou. Esta foi, aliás, a condição que fez a diferença quando se colocou a possibilidade de o Trofense se transformar num clube satélite do FC Porto. "Houve contactos, mas o FC Porto não iria assumir as dívidas do Trofense", disse. Estando a parceria com a LS Soccer praticamente estabelecida, José Leitão faz questão de descansar os adeptos, garantindo que o clube não irá perder a identidade. "Eu serei o representante dos sócios, cabendo à empresa construir o plantel".

Assim, durante cinco anos a empresa de Lucas Santos fará a gestão de todo o futebol, podendo beneficiar de eventuais transferências. "Se um jogador for vendido, a empresa ficará com 80 por cento do lucro e o clube 20", explicou, acreditando que o futuro do Trofense será risonho.