B.I.
Nome: Eduardo dos Reis Carvalho
Data de nascimento: 19-09-1982 (29 anos)
Naturalidade: Mirandela
Altura: 1,87 m
Peso: 84 kg
Posição: Guarda-redes
Internacionalizações: 27
Golos: -11
“Carreira feita à custa de muito trabalho”. É assim que Eduardo, 29 anos, define o seu percurso profissional. Natural de Mirandela, o actual guarda-redes do Génova, que na última época alinhou no Benfica por empréstimo, deseja recuperar a titularidade perdida para Rui Patrício. Afinal, como ele mesmo o diz, representar a selecção foi sempre o grande objectivo da sua vida. Uma boa dor de cabeça para Paulo Bento.
Em 2010, Eduardo foi considerado pela crítica e pela opinião pública, o melhor jogador da selecção portuguesa presente no Mundial disputado na África do Sul. Em Portugal chegou a ser apelidado de “Eduardo Mãos de Tesouro”. A sua performance no Campeonato do Mundo valeu-lhe a transferência do Sporting de Braga para o Génova, de Itália.
Após uma temporada no Calcio foi emprestado pelo clube genovês ao Benfica. Porém, a época de Eduardo no emblema encarnado ficou aquém das expectativas – foi suplente de Artur Moraes – e perdeu inclusive a titularidade na selecção nacional para Rui Patrício, após ter sido a primeira aposta no início da campanha de apuramento para o Euro 2012.
Mas Eduardo está habituado a superar as adversidades. Antes de conquistar o lugar de guarda-redes na primeira equipa do Sporting de Braga, o guardião esteve cinco épocas no Braga B e posteriormente jogou por empréstimo no Beira-Mar e no Vitória de Setúbal. Ao serviço dos sadinos conquistou uma Taça da Liga. Na final dessa competição, frente ao Sporting, deu nas vistas ao defender três grandes penalidades. Jorge Jesus não hesitou em ordenar o seu regresso à base, ou seja, a Braga. No clube da cidade dos arcebispos, Eduardo foi indiscutível – realizou todos os jogos da Liga – e chegou à selecção nacional (estatuto que mantém).
Natural de Miradela, Eduardo não é um guarda-redes dado ao espectáculo. Muito seguro, privilegia a sobriedade e comanda a sua defesa com autoridade. Desde que aos 14 anos saiu de Trás-os-Montes, que o guarda-redes trabalhou arduamente para alcançar sucesso no futebol. Filho de caseiros, viveu um episódico trágico quando o pai morreu num acidente de automóvel. Foi rejeitado nos treinos de captação no Sporting e no FC Porto e, depois não ter convencido no Vitória de Guimarães, transferiu-se para os juvenis do Sporting de Braga.
Fã de Michel Preud’homme, de Vítor Baía e de Gianluigi Buffon, Eduardo nunca escondeu o desejo de ser guarda-redes. “Sempre tive o gosto pela baliza. Nunca quis jogar à frente e também não tinha jeito”, disse numa entrevista ao SJPF. Vital e Carlos Carvalhal são os dois treinadores que mais o marcaram.
Em 2008, ao jornal “A Bola”, Eduardo afirmou: “Os meus irmãos emigraram, eu agarrei-me ao futebol com a vontade de um dia proporcionar uma vida feliz à minha mãe. E digo com orgulho que consegui.” Sem tirar, nem pôr.
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