Jornal O Jogo - A psicologia de uma chicotada
A troca de treinadores com a época em curso nem sempre surte
o efeito desejado, mas, na Trofa, a entrada de João
Eusébio é para já um caso de sucesso. Em
três jogos a comandar a equipa, o sucessor de António
Sousa ainda não conheceu o sabor da derrota e os sete pontos
entretanto amealhados proporcionaram a fuga aos lugares de
despromoção. Recusando a classificação de
psicólogo, até porque no seu entender um treinador tem
é de perceber de futebol, João Eusébio prefere
atribuir aos jogadores o mérito da recuperação.
"Não conhecia a equipa, mas conhecia a maior parte dos jogadores
e sabia que tinham qualidade". Assim, para o técnico, o segredo
do seu ainda curto reinado tem sido a confiança que os atletas
têm revelado, um aspecto que não pode ser desassociado de
uma nova mensagem. "É importante que os jogadores acreditem no
trabalho do treinador e no modelo de jogo", vincou. João
Eusébio acredita que esse processo está quase consolidado
e apresenta como exemplo as últimas exibições.
"Vejo uma equipa inconformada, que nunca dá uma bola como
perdida". E é uma equipa assim que o treinador espera ver na
Vila das Aves, onde mora um adversário "complicado". "Vai ser
difícil, o Aves está maduro, é forte nas
transições e aposta muito no erro alheio".
J.P.L.
"Somos um colectivo"
O facto de o plantel que herdou ser composto por muitos jogadores
emprestados pode ter atrasado o processo de criação de
uma equipa. João Eusébio considera normal que os jovens
que chegaram ao Trofense para ser colocados numa "montra" pensassem
mais em si próprios, mas garante que, agora, tudo mudou.
"Já somos um colectivo".
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