Sinais…

O Trofense foi a Penafiel arrancar mais três pontos, num jogo onde o empate também não seria um resultado injusto, pelo rendimento das duas equipas. A verdade é que fomos mais felizes na concretização e quase no final do jogo, Licá cabeceia e marca o único golo da partida.

Dizia-me um adepto da casa, que estava sentado ao meu lado, que “aquele central é muito bom”. Referia-se ao Varela, na minha opinião o melhor jogador em campo. Respondi que não tivessem sido eles a manda-lo durante meio ano para o “estaleiro”, o mais certo era estarmos ali naquele momento, a lutar pela subida. Eu acredito nisso. Mas, não adianta chorar mais sobre o leite derramado, pois foram demasiadas lesões e castigos. Não foi este ano, paciência! Vamos em frente, pois acredito no futuro. E tenho boas razões para isso!

No nosso Clube têm sido dados sinais muito importantes. Basta saber ler com seriedade e boa fé os factos e a realidade. 

Tal como a Direcção anunciou (Comunicado) o CDT vai terminar com dignidade este campeonato posicionando-se num lugar honroso. Quando parecia que a frustração da não subida, pudesse minar o final da época, eis que o Presidente e o Director Desportivo, tomaram decisões que mexeram com a equipa. São esses sinais que me têm chamado a atenção e me fazem crer que o clube nunca esteve tão bem dirigido sob todos os aspectos.

Fomos surpreendidos com o anúncio da não continuidade do Daniel Ramos. Passados dias, o clube anunciou que autorizou o jogador Charles Chad a procurar clube. Um aviso ao balneário, “quem não rende sai”. Estes sinais e o impacto dos mesmos, mostram que as decisões que vêm do interior do clube são ponderadas, pensadas com antecedência e vejo que mostram competência. Aliás, concordo com a velha máxima que o tempo dá sempre razão aos mais competentes. Analisemos os seguintes factos:

A) As não renovações dos contratos no final da época passada, foram decisões acertadas, como provam os factos passados estes meses todos. Nenhum desses jogadores foi para um clube superior ao Trofense, quase todos foram para clubes e divisões inferiores (até para um clube de divisão regional), outros continuaram a cometer actos graves de indisciplina e outros terminaram as carreiras. Ou seja, o tempo deu razão à Direcção do CDT.

B) A contratação de Vítor Oliveira, não correu como esperado, mas na altura do anúncio, todos os sócios foram unânimes, era o treinador com o melhor curriculum da Liga de Honra, o treinador que mais equipa subiu à 1ª divisão, o treinador certo para regressarmos rapidamente ao lugar que merecemos.

C) Porque em futebol não se pode ganhar sempre, mas essa vontade existe e VO não estava a corresponder, foi encontrada uma alternativa para se fazer uma nova tentativa de uma boa recta final. Daniel Ramos não mostrou a garra que se exige a um treinador com ambições de subida e atempadamente e de forma civilizada, foi comunicada a sua não continuidade.

D) A constituição do plantel, elogiada por todos os treinadores da Liga Vitalis, nas conferências de imprensa, só não agrada a alguns poucos adeptos. Mas a esses eu proponho um exercício simples. Façam a comparação, jogador a jogador com as equipas do ano passado e do ano da subida. No final vão ver que na esmagadora maioria a equipa deste ano fica a ganhar, quando muito numa ou outra posição fica equivalente, mas nunca pior. Não esquecendo a brutal diferença de orçamento entre esta épocas e as duas anteriores.

E) Os reforços de Inverno, Licá e Cláudio, ilustres desconhecidos da maioria dos trofenses, vieram por empréstimo. Duas óptimas contratações, dois titulares indiscutíveis, o que demonstra a qualidade dos atletas. Pela primeira vez, acertamos em pleno nas contratações de Inverno. Ou seja, revela  atenção ao mercado.

F) O Clube está bem blindado do exterior. Dizia-me um grande trofense há dias…” agora ninguém sabe de nada, antes de ser anunciado oficialmente”. E é verdade! Pode-se especular como aconteceu o ano passado com o treinador, mas a realidade foi que ninguém (jornais incluídos) acertou.  Um clube profissional só tem a ganhar se for uma estrutura fechada, onde poucas pessoas partilhem as informações mais importantes.

Podia falar de mais sinais, mas o que importa é perceber que no tempo se torna claro, que o Trofense está a ser bem dirigido. Dirigir não é fazer o “totobola à segunda-feira”, como fazem os adeptos mais dados às emoções do momento. Gerir é decidir antes. É agir com responsabilidade, serenidade e autoridade.

Os factos, os sinais e o tempo, confirmam que o CDT está no melhor caminho, vamos aguardar pelas vitórias que nos permitam voltar à I Liga.