quarta-feira, maio 28, 2014

A Rota para a Glória | Sangue novo

Cristiano Ronaldo, Ricardo Costa e Hélder Postiga estrearam-se em 2004 e são os exemplos a seguir

William Carvalho, André Almeida, Rafa e Neto são quatro dos seis estreantes em fases finais que Paulo Bento leva ao Mundial do Brasil. Bem se pode dizer que representam, por estes dias, o que outros jogadores assumiram nos últimos dez anos – a renovação da Seleção Nacional é um processo constante.

Mais importante do que apenas somar os jogadores que ao longo dos anos se estreiam nas grandes competições é perceber qual o seu aproveitamento consequente na Seleção Nacional. E no grupo de 23 Conquistadores que vão estar no Brasil, encontram-se nada menos do que 17 jogadores que desde o Euro’2004 foram despontando nas diferentes fases finais [ver quadro].

Cristiano Ronaldo, Hélder Postiga e Ricardo Costa são sobreviventes do Europeu disputado em solo nacional e servem, por isso, como melhores exemplos do sucesso das apostas dos diferentes selecionadores. O capitão é o mais internacional da atual lista de 23, enquanto o ponta-de-lança surge na quarta posição desse ranking. O central, não sendo titular, tem sido sempre importante.
É, seguramente, o exemplo destes homens que deverá alimentar o sonho de William Carvalho, Rafa, André Almeida ou Luís Neto (sem esquecer, claro, Éder e Vieirinha, um pouco mais velhos).

Oito do Euro’2008

Depois de nenhum dos três estreantes em fases finais que esteve no Mundial de 2006 na Alemanha ter conseguido triunfar posteriormente na Seleção Nacional (o guarda-redes Paulo Santos, o defesa Fernando Meira e o avançado Boa Morte), o Euro’2008 acabou por revelar-se o grande palco onde despontaram nada menos do que oito dos atuais selecionados: Rui Patrício (mesmo não tendo jogado na Suíça), Bruno Alves, Pepe, Meireles, Moutinho, Veloso, Nani e Hugo Almeida.

Dois anos mais tarde, na África do Sul, surgiram outros 4 jogadores que ainda se mantêm na Seleção Nacional, um deles com estatuto de titular quase indiscutível: Fábio Coentrão.

Finalmente, dos estreantes no Euro’2012, sobrevivem dois homens (João Pereira e Varela). Pelo caminho ficaram Miguel Lopes, Ruben Micael, Custódio e Nélson Oliveira, embora qualquer deles possa ainda sonhar voltar.

Agarrar a oportunidade

Os jovens que agora se assumem como o sangue novo da Seleção Nacional terão pouca experiência internacional (Rafa soma apenas 1 jogo, William e André Almeida 2, Neto, Vieirinha e Éder 6), mas sabem que dependerão acima de tudo de si próprios para, daqui por alguns anos, se perceber qual foi o caminho que seguiram – o de Cristiano Ronaldo e Hélder Postiga, ou de outros, como Bosingwa, Duda, Rolando ou Danny tiveram a sua oportunidade mas não a conseguiram agarrar.

Onze dos 17 nomes no quadro formam a equipa-base de Paulo Bento. Mas como ninguém é eterno, e a passagem de testemunho é um processo contínuo, a grande dúvida (ou desafio) é saber quem, entre os 6 estreantes, estará no Euro’2016.

Fonte: Jornal Record

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