Presidente preocupado com viabilidade
"Neste momento sou um homem preocupado porque o futuro do Trofense está em causa e não tenho certezas. Até aqui a minha direção fez o que pode. Apresentou um plano de recuperação, procurou investidores, fez muitas diligências. Quase se comprometeu a equipa principal ao formar um plantel com jogadores sem experiência na 2.ª Liga, mas agora está tudo nas mãos dos credores", disse, à agência Lusa, Paulo Melro.
A assembleia de credores que se destina a discutir o plano de recuperação do Trofense, apresentado pela direção de Paulo Melro no Tribunal de Santo Tirso, realiza-se a 17 de janeiro e para que o clube seja viabilizado são necessários os votos favoráveis de dois terços dos credores atuais, sendo que dos que foram considerados detentores de "créditos comuns" têm de reunir uma percentagem igual ou superior a 50 por cento.
"O nosso maior credor é o Dr. Rui Silva [presidente de 2006 a 2011, incluindo a única em que o emblema da Trofa militou no principal escalão do futebol português], mas já garantimos o apoio dele. É um voto decisivo para completar os dois terços do total de credores, mas o Dr. Rui Silva e a sua família não são detentores de 'créditos comuns', por isso preocupa-me muito, muito, muito mesmo o que pode vir a acontecer", descreveu Paulo Melro.
O presidente do Trofense adiantou que o passivo do emblema trofense ronda os 7 milhões de euros. Se o plano de recuperação vier a ser aprovado na assembleia de dia 17, o passivo do clube passa a cerca de dois milhões e 300 mil euros, tendo em conta a reestruturação das dívidas e a recalendarização dos pagamentos.
Após a assembleia de credores da próxima semana, caso o plano de recuperação não seja aprovado, o Trofense terá, disse à Lusa Paulo Melro, de "fechar portas" pois a outra modalidade de viabilização, o Plano Especial de Revitalização (PER), foi chumbada em maio de 2013.
"Já nessa altura o PER do Trofense foi chumbado, apesar de termos garantido muitos apoios e a certeza de muitos credores de que iriam votar favoravelmente, mas votos fora de horas ou mudança de planos é algo que não controlamos. Houve quem, simplesmente, não chegasse a tempo de votar, por isso estou muito preocupado", vincou.
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