O Presidente da Direção do Clube Desportivo Trofense, Dr. Paulo Melro,
concedeu uma entrevista exclusiva ao site do Clube, onde fez o balanço
dos primeiros 30 dias do seu mandato.
1) Senhor Presidente, que balanço faz nestes primeiros 30 dias à frente dos destinos do Clube?
- Começo por dizer que é uma honra para mim liderar os destinos deste Clube. Encabecei este projeto consciente das dificuldades, mas esperançoso em garantir a estabilidade e sustentabilidade do Clube. Quanto ao balanço, no cômputo geral, é positivo, mas temos de fazer a análise a vários níveis, temos de ter a consciência que a nossa missão é de elevado grau de dificuldade e que em 30 dias nada se resolve. A minha equipa tem reunido, temos analisado cuidadosamente os problemas e estamos a traçar planos estratégicos de intervenção. Os sócios podem ter a certeza que vamos reunir forças para protegermos o Clube.
1) Senhor Presidente, que balanço faz nestes primeiros 30 dias à frente dos destinos do Clube?
- Começo por dizer que é uma honra para mim liderar os destinos deste Clube. Encabecei este projeto consciente das dificuldades, mas esperançoso em garantir a estabilidade e sustentabilidade do Clube. Quanto ao balanço, no cômputo geral, é positivo, mas temos de fazer a análise a vários níveis, temos de ter a consciência que a nossa missão é de elevado grau de dificuldade e que em 30 dias nada se resolve. A minha equipa tem reunido, temos analisado cuidadosamente os problemas e estamos a traçar planos estratégicos de intervenção. Os sócios podem ter a certeza que vamos reunir forças para protegermos o Clube.
2) Como encontrou o Clube e o Universo Trofense?
- Começo por dizer que a transição da Comissão Administrativa para a
Direção atual foi totalmente pacífica. Como acima de tudo, somos todos
bons Trofenses os assuntos foram tratados com elegância e houve uma
excelente cooperação. O Clube estava organizado e foi fácil ter acesso
às informações. Relativamente ao Universo Trofense confesso que temos
encontrado total recetividade para serem parte integrante do nosso
projeto. O momento que o Clube atravessa é de extrema dificuldade e são
nestes momentos que precisamos de todo o apoio.
3) Depois de ter passado no Clube como Vice-Presidente e Diretor Financeiro, como se sente na pele de Presidente?
- Apesar do enorme orgulho que sinto, estou mais preocupado com a missão
do que a própria função. Serei um presidente de trabalho, procurarei
aplicar políticas de gestão de proximidade e serei o primeiro a dar o
corpo às balas. Como já referi a missão do Clube vai muito mais além do
que assegurar a manutenção da equipa de futebol profissional na 2ª Liga.
Temos de conseguir aprovar o PER de forma a ser viável o pagamento aos
credores e temos de conseguir receitas extraordinárias que ajudem a
cobrir os orçamentos. Já definimos o rumo, agora é preciso remar com
todas as forças para levarmos o barco a bom porto.
4) Anunciou que uma das prioridades do seu mandato seria estabilizar
as finanças do Clube através do Plano Especial de Revitalização (PER).
Como está esse processo?
- Desde o início da publicação do processo iniciou-se uma fase de
reconhecimento dos créditos e de convite à negociação, enviado a todos
os credores. Hoje foi publicada no portal Citius a Listagem Provisória
de Créditos, dando início a mais uma fase deste processo. Esta lista
provisória pode ser impugnada no prazo de cinco dias, findo este prazo a
lista torna-se definitiva e daremos início às negociações. Já
elaboramos conjuntamente com o Administrador Provisório um plano de
recuperação que será apresentado aos credores no decorrer das referidas
negociações. Esperamos contar com o apoio de um largo número de credores
de forma a viabilizarmos a continuidade do clube.
5) Ao nível do futebol profissional, a sua Direção ainda não saboreou
uma vitória. Como analisa a sequência de 4 derrotas nos últimos 4
jogos?
- É um tema demasiado delicado para ser analisado no conjunto dos 4
jogos. Temos de perceber e analisar o que aconteceu para a equipa não
ganhar nos últimos 4 jogos. Apesar de ser uma coincidência o averbar de
derrotas com a nossa entrada, não podemos esquecer que a equipa já não
ganha desde a 3ª jornada. Nos últimos jogos, não fomos felizes no
Atlético, sofremos um golo nos descontos, fomos condicionados com
critérios desiguais na amostragem de cartões nas duas deslocações a
Arouca e tivemos uma exibição menos conseguida frente ao Marítimo B,
onde mesmo assim o resultado certo era o empate. Temos consciência das
nossas limitações e não é fácil lutar contra tantas adversidades.
Contudo, estamos, digo estamos porque fazemos todos parte da equipa,
focados em preparar a equipa para as vitórias. Os resultados desportivos
são fundamentais para manter o Universo Trofense unido e próximo do
Clube, mas as pessoas não se podem esquecer em que condições foi formada
a nossa equipa. Tem de haver tolerância, espaço e compreensão para o
crescimento de uma equipa com muita juventude. O campeonato é muito
longo, ainda faltam 30 jornadas, e acredito que outros ventos soprarão
para o nosso lado.
6) Com a reabertura do mercado próxima, o Clube pensa em fazer reajustes no plantel?
- É normal equacionarmos correções e ajustamentos no nosso plantel.
Estamos em consonância com a estrutura de futebol profissional e equipa
técnica e já identificamos as necessidades da equipa. É um processo
difícil, pois não podemos adicionar mais compromissos ao nosso
orçamento. Temos de estudar todas as alternativas do mercado para
encontrarmos soluções que não tragam mais encargos. Recentemente,
assinamos uma parceria com a empresa brasileira Kourusport, que vai
dar-nos a possibilidade de observar novos jogadores nos nossos treinos.
Se agradarem à nossa estrutura podem ser reforços em condições
extramente vantajosas para o Clube. Como esta parceria existem outras
que ainda estão em fase de estudo. Faremos tudo o que estiver ao nosso
alcance para fortalecermos o nosso plantel.
7) Com certeza já se deslocou a Paradela para assistir aos jogos das
equipas do Departamento de Formação. Gostou do que viu? Considera haver
condições para o Clube continuar a ser formador?
- Gosto muito de ver a força e sentir a energia dos nossos jovens. A
formação será sempre uma aposta de presente e de futuro desta Direção. O
facto do Clube ter, atualmente, 3 equipas nos campeonatos nacionais
representa o sucesso de uma forte aposta na formação, mas o trabalho a
esse nível não termina aqui. Temos de criar condições para os nossos
jovens terem mais capacidades de superação e menos dificuldades nos
desafios do primeiro ano de sénior. A qualidade dos nossos jovens é
inegável, mas para serem apostas nos primeiros anos de futebol
profissional têm que se superar a todos os níveis. Acredito que o valor
gerado pelo nosso Departamento de Formação seja visível a curto prazo na
equipa de futebol profissional. O Departamento está relativamente
autónomo em termos de receitas financeiras, pelo que considero haver
condições para o Clube continuar a ser formador e gerador de grandes
jogadores e de grandes homens.
8) Como é de conhecimento público, aconteceram um conjunto de
alterações no Departamento de Formação ao nível da sua estrutura
técnica. Essas alterações visam reforçar a atual estratégia do Clube
para a formação?
- O nosso projeto inicial comtemplava um novo Coordenador para
Departamento de Formação. A escolha recaiu pelo Prof. Jorge Maia com
base no trabalho que estava a ser desenvolvido até Junho de 2011. A
nossa estratégia passava numa primeira fase por apresentar o projeto que
tínhamos para a formação a toda a estrutura técnica e depois saber a
concordância e disponibilidade de cada treinador. Nem todos foram
sensíveis às alterações que pretendíamos fazer e alguns abandonaram o
projeto. Também é verdade que fomos obrigados a reduzir o número de
equipas e consequentemente o número de treinadores. Queremos claramente
dar sequência ao trabalho que estava a ser feito anteriormente e que
permitiu ao Clube ter hoje 3 equipas nos campeonatos nacionais.
9) A atual conjuntura económica social é desfavorável. O que espera
conseguir fazer para atrair sócios, espetadores e patrocinadores?
- Aproveito para anunciar em primeira mão o patrocínio da Trifitrofa que
engloba a colocação de publicidade na frente das camisolas. Ao nível da
publicidade, estamos a trabalhar a vários níveis e com uma equipa
alargada no terreno. Temos produtos para todas as carteiras, mas o que
estamos a pedir é ajuda, independentemente de considerarmos que a marca
Trofense é um excelente veículo publicitário e comunicacional. Parte do
orçamento da presente época tem de ser suportado pelas receitas de
publicidade e é com este árduo objetivo que estamos no terreno. Quanto
aos sócios, estamos a estudar várias medidas que visam reduzir o custo e
que acrescentem valor à condição de associado do Clube. Brevemente,
serão anunciadas as medidas que penso que serão do agrado da maioria dos
sócios, tendo em conta a conjuntura económica que atravessamos. Ao
nível da bilheteira não temos muita margem, pois os custos da
organização dos jogos rondam os mil euros. Este custo tem
obrigatoriamente de ser suportado pela receita da venda de bilhetes,
pelo que reduzimos significativamente o número de convites e conseguimos
colocar mais gente a pagar bilhete, nomeadamente os grupos de apoio
(claque) e os acompanhantes dos atletas e diretores da formação. Estamos
também a trabalhar com o Departamento de Marketing e o Departamento
Provedor do Adepto algumas iniciativas como por exemplo: lançamento de
uma caderneta de cromos, visitas às escolas e criação do Dia do Sócio.
Vamos esgotar todas as possibilidades de gerar mais receitas para o
Clube.
10) Por último, que mensagem quer deixar à família Trofense?
- Quero deixar uma mensagem de esperança e confiança. Espero que os
sócios entendam as dificuldades em que o Clube está mergulhado, mas que
apoiem incondicionalmente quer a equipa de futebol profissional, quer as
equipas do Departamento de Formação. Por outro, quero que confiem no
esforço que esta Direção está disposta a despender para reerguer o
Clube. Por fim, aproveito para agradecer o apoio que algumas
instituições e empresas têm dado ao Clube, nomeadamente, a Câmara
Municipal e o patrocinador e amigo Trifitrofa. Acredito que numa próxima
entrevista vou ter de continuar com os agradecimentos, pois temos tido a
recetividade de mais empresas.
1 comentário:
Este presidente não percebe muito de futebol.Mas percebe das finanças do clube e isso neste momento e o mais importante e na minha opinião está a fazer um bom trabalho ao arranjar credores e patrocínios intersantes. Em termos de futebol se possível em Janeiro era bom se pudesse trazer um central e um atacante virtuoso.
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